De suspeita de envenenamento ao pesadelo: mulher recorda ameaças na prisão

De suspeita de envenenamento ao pesadelo: mulher recorda ameaças na prisão


A mulher ainda não foi inocentada e deverá responder o processo, mas teve uma medida cautelar de liberdade provisória

Liberada da prisão após cinco meses, Lucélia Maria, a mulher acusada de matar dois meninos envenenados em Parnaíba, falou sobre a vida na penitenciária. Além de ter enfrentado ataques em sua casa, ela também relatou que chegou a ser ameaçada por outras detentas. Ela conseguiu liberdade provisória após a descoberta do envolvimento do padrasto das crianças no caso de envenenamento do Ano Novo, na mesma família.

Entrevistada pela TV Clube, Lucélia abriu o coração e expôs o desespero que viveu. “Eles começaram a depredar [a casa] comigo ainda dentro. Agradeço muito a Deus e à Polícia que chegou no momento. Senão tinha morrido eu, meu filho e meu marido”, recordou.

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Arroz envenenadoReprodução / Globo

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Lucélia MariaReprodução / TV Clube

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Família de 9 pessoas passou mal após consumir peixe doado; 1 criança e 1 adolescente morreramReprodução G1 | TV Clube

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Família de 9 pessoas passou mal após consumir peixe doado; 1 criança e 1 adolescente morreramReprodução G1 | TV Clube


Depois de grandes reviravoltas, a mulher ainda não foi inocentada e deverá responder ao processo. Sammai Cavalcante, seu advogado, esclareceu que sua cliente teve uma medida cautelar de liberdade provisória, mas segue em busca de provar sua inocência.

“Diziam que tinha uma cabeça sobrando. Que era a minha, né”, afirmou Lucélia Maria sobre o contato com outras mulheres na prisão. Acusada de ter dado um saco de cajus que estariam envenenados para os dois meninos, a moça pontuou que nunca fez isso e sequer conhecia eles ou a família.

Uma perícia foi realizada neste mês e constatou que as frutas não estavam contaminadas com qualquer tipo de veneno. O resultado saiu um dia após a prisão de Francisco de Assis Pereira da Costa, padrasto da mãe das crianças, que foi preso por suspeita de envenenar um baião de dois e matar quatro pessoas da família no almoço de Réveillon.

“Nunca mais eu dormi. Desde que isso aconteceu na minha vida eu não consegui mais dormir direito. Um pesadelo que ainda hoje está na minha cabeça ainda”, sentenciou.



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