Principal representação judaica do país diz que espera a libertação de todos os reféns israelenses mantidos pelo Hamas
A Conib (Confederação Israelita do Brasil) disse ver com “alívio e alegria” o cessar-fogo anunciado entre Israel e o grupo extremista Hamas, em Gaza.
A entidade é a principal representação judaica no Brasil. Desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023, a Conib avaliou constantemente o impacto do conflito no Brasil.
Em junho do ano passado, por exemplo, eles revelaram dados de que casos de antissemitismo cresceram mais de 7 vezes durante o conflito.
A entidade diz esperar que, depois de os 33 reféns que devem ser libertados no início da trégua voltem a Israel, os outros em poder do Hamas também sejam libertados. Israel calcula em 98 pessoas.
Leia a íntegra da nota:
“A Confederação Israelita do Brasil (CONIB) celebra o anúncio de um cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas, após 467 dias de conflito causado pelo bárbaro ataque do grupo terrorista em solo israelense no dia 7 de outubro de 2023 e o sequestro de 255 pessoas de várias nacionalidades.
A CONIB manifesta seu alívio e alegria com a libertação prevista de 33 reféns mantidos sob condições desumanas, dentre eles mulheres e crianças, na fase 1 do acordo, e anseia pela libertação urgente de todos os reféns ainda em domínio do grupo terrorista Hamas.”
Cessar-fogo
Israel e o grupo extremista Hamas chegaram nesta 4ª feira (15.jan.2025) a um acordo de cessar-fogo na guerra que dura mais de 1 ano e 3 meses. A medida será implementada em 3 fases a partir de 19 de janeiro, segundo o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed bin Abdul Rahman Al Thani.
O Hamas confirmou o acordo e pediu que os moradores da Faixa de Gaza não se desloquem até o início oficial do pacto. “O Escritório de Mídia do Governo pede aos cidadãos honrados que não se movam antes do início oficial do cessar-fogo e que obtenham informações sobre o momento do cessar-fogo de fontes oficiais”, disse o grupo palestino.
Nesta 1ª fase, 33 reféns mantidos pelo Hamas serão libertados seguindo critério de gênero e idade. Mulheres, idosos e crianças terão prioridade. Segundo o serviço de inteligência de Israel, o grupo ainda detém cerca de 98 prisioneiros, mas só metade pode estar viva.
A 2ª fase para acabar com o conflito começará no 16º dia de vigor do acordo –em 3 de fevereiro. Os termos desta e da última etapa do tratado dependem das negociações entre as partes, mas devem incluir a saída dos demais reféns.
Já a 3ª fase deve englobar a devolução dos corpos das vítimas e o início da reconstrução da Faixa de Gaza. Esse processo será monitorado por Egito e Qatar –mediadores no conflito– e pela ONU (Organização das Nações Unidas).
O Qatar entregou o rascunho do acordo de cessar-fogo na 2ª feira (13.jan). O texto preliminar já havia sido aceito pelo grupo extremista palestino. Ainda será votado pelo gabinete do governo israelense na 5ª feira (16.jan).
Em um comunicado enviado no Telegram, o Hamas afirmou que o acordo é uma “conquista” para os palestinos e que têm por objetivo interromper a “agressão sionista”. O grupo também agradeceu ao Qatar e ao Egito pela mediação do cessar-fogo. Não citou os EUA.
“Expressamos nossa gratidão e apreço por todas as posições oficiais e populares honrosas nos níveis árabe, islâmico e internacional que expressaram solidariedade com Gaza, ficaram ao lado do nosso povo e contribuíram para expor a ocupação e interromper a agressão”, diz a nota.
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