Promotor afirma que Trump seria condenado caso não fosse eleito

Promotor afirma que Trump seria condenado caso não fosse eleito


Presidente eleito dos EUA foi acusado de conspirar contra o país e contra os direitos dos cidadãos

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), teria sido condenado caso tivesse perdido as eleições de 2024, aponta um relatório de investigação conduzido por Jack Smith, promotor responsável por 2 processos contra o republicano.

No relatório, revelado nesta 3ª feira (14.jan.2025), Smith concluiu que Trump fez um “esforço criminal sem precedentes” para se manter no poder depois da derrota nas eleições de 2020 para Joe Biden (Partido Democrata).

O promotor, que se demitiu do Departamento de Justiça dos EUA no domingo (12.jan), 2 semanas antes da posse de Trump, acusou o republicano de tramar para obstruir a coleta e a certificação de votos depois da perda do pleito para Biden.

Smith concluiu que a investigação possuía material suficiente para condenar Trump pela tentativa de invalidar o resultado das eleições. O promotor, no entanto, citou uma regra do Departamento de Justiça que impede os processos contra presidentes em exercício, motivo que o fez desistir dos processos contra o republicano. 

A revelação do relatório nesta 3ª feira (14.jan) apresentou outras linhas de investigação que eram conduzidas por Smith. Uma delas tentava ligar Trump diretamente ao cenário de violência que se deu na invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. A promotoria tentava usar o ataque ao congresso norte-americano para condenar o presidente eleito na Lei de Insurreição, mas não encontrou evidências de que Trump estivesse ligado diretamente ao ato, como uma confissão explícita do republicano ou de alguém que teria planejado junto com ele os ataques, segundo a Reuters.

Outro direcionamento da investigação de Smith descrevia que Trump reteve, de maneira ilegal, documentos confidenciais da Casa Branca depois do fim de seu mandato, em 2021. O Departamento de Justiça, porém, decidiu não tornar pública essa parte das apurações, uma vez que dois associados de Trump ainda estão sendo investigados.

A publicação do relatório foi motivo de uma batalha judicial nas últimas semanas. O juiz distrital Aileen Cannon havia emitido uma ordem temporária para que o Departamento de Justiça bloqueasse a publicação do documento. O prazo do despacho acabou nesta 3ª feira (14.jan), o que permitiu a revelação das informações.

O INDICIAMENTO

Trump foi indiciado em 2023 sob a acusação de conspirar contra o país e contra os direitos dos cidadãos norte-americanos, entre outras duas denúncias.

O indiciamento emitido pela Justiça dos EUA acusava o republicano de 3 conspirações distintas: conspirar para fraudar os EUA, conspirar para obstruir um processo oficial e conspirar contra os direitos dos norte-americanos. Além disso, também citava obstrução de procedimento oficial. Leia a íntegra do processo (2 MB, em inglês).

TRUMP SE DEFENDEU EM REDE SOCIAL

O presidente eleito usou a rede social Truth Social para atacar Jack Smith depois que o relatório da investigação se tornou público. Além de se declarar inocente das acusações, Trump chamou Smith de incompetente por não ter conseguido levar o caso a julgamento antes das eleições.

O perturbado do Jack Smith não conseguiu perseguir politicamente o adversário do seu chefe, ‘Desonesto’ Joe Biden, por isso escreveu outro ‘relatório’ baseado em informações que o ‘Comitê de Hackers e Bandidos Políticos’ destruiu e deletou ilegalmente, porque mostrava quão inocente eu sou e como completamente culpados são Nancy Pelosi e outros. Jack é um promotor idiota que foi incapaz de levar o caso para julgamento antes das eleições, que eu ganhei tranquilamente”, escreveu Trump.

Trump também disse que Smith “está tão desesperado que publicou seus achados falsos à 1h00” e usou o bordão cunhado ainda na primeira vez que foi eleito, em 2016: “Make America Great Again”.

Smith se defendeu das acusações de Trump, dizendo que era risível a alegação de que suas decisões eram influenciadas pela administração de Biden.





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