Boeing tem queda de 34% na entrega da aviões em 2024

Boeing tem queda de 34% na entrega da aviões em 2024


A montadora norte-americana entregou 348 aviões no ano passado; foi menos que a metade da Airbus

A Boeing entregou 348 aviões de janeiro a dezembro de 2024, anunciou a empresa nesta 3ª feira (14.jan.2025). O número é 34% menor que o registrado no acumulado de 2023, quando a companhia entregou 528 aeronaves. A queda abrupta se deve à greve de 7 semanas que atingiu suas fábricas nos Estados Unidos.

Em dezembro, com a retomada do trabalho na montagem dos Boeings 737 MAX, foram 30 aviões entregues, elevando a taxa do último trimestre para 57. O jato de corredor único é o carro-chefe das vendas da empresa. Foram 265 entregues no ano passado, ou 3/4 do total de aeronaves.

As encomendas de aviões também ficaram abaixo da média da Boeing. Foram 142 pedidos brutos em dezembro e 569 em 2024. A taxa líquida –ao excluir os pedidos cancelados– fechou o ano em 377.

A Boeing divulgará seu balanço financeiro do 4º trimestre e do acumulado de 2024 em 28 de janeiro, antes da abertura dos mercados nos EUA.

Os números da gigante norte-americana ficaram bem aquém da rival Airbus. A montadora europeia baseada na França entregou 766 aviões no ano passado. É mais que o dobro da Boeing. As encomendas brutas foram de 878 e as líquidas, 826.

GREVE FECHOU FÁBRICAS

Boeing informou em 5 de novembro que chegou a um acordo com os sindicatos que organizaram a greve dos maquinistas da fabricante de aviões. A paralisação durou cerca de 7 semanas e atrasou a entrega de diversas aeronaves da companhia norte-americana.

A proposta de 38% de aumento salarial ao longo dos próximos 4 anos foi aceita por 59% dos associados ao IAM 751 –sindicato dos maquinistas e trabalhadores aeroespaciais de Seattle, no Estado de Washington. Com a decisão, 33.000 trabalhadores da Boeing retornaram aos postos de trabalho em duas fábricas.

Além da greve, a companhia aérea já passava por uma crise. Por causa de problemas estruturais, a fabricante decidiu adiar o desenvolvimento do avião 777X e interromper a produção do 767.

A Boeing também enfrenta problemas de fabricação do Boeing 737 MAX e uma investigação do governo dos Estado Unidos, depois de um incidente com um avião da mesma família, durante voo da companhia Alaska Airlines, em janeiro de 2024. Outro acidente, em 30 de dezembro com um 737-800 da Jeju Air na Coreia do Sul, matou 179 pessoas.





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