POSSE DE MADURO
Maduro tomou posse para o seu 3º mandato nesta 6ª feira (10.jan). O líder chavista assume sem o reconhecimento de diversos países e organizações internacionais por causa de alegações de fraude na eleição de julho de 2024.
Em seu discurso, afirmou que o país é democrático e constitucional. “Sempre cumprimos a Constituição porque a escrevemos com o povo. Esses 6 anos representam uma síntese da resistência de 500 anos contra todos os imperialismos. Se algo caracteriza a Venezuela é a história de resistência heroica”, disse.
Os presidentes de Nicarágua e Cuba, Daniel Ortega (Frente Sandinista de Libertação Nacional, esquerda) e Miguel Díaz-Canel (Partido Comunista de Cuba, esquerda), respectivamente, foram os únicos chefes de Estado que compareceram. Outros países, como China e Rússia, enviaram representantes de seus respectivos governos.
A embaixadora do Brasil em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira, foi a representante do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Formalmente, o governo Lula não reconheceu a vitória do venezuelano desde o anúncio do resultado. Em agosto, o chefe do Executivo afirmou que Maduro ainda deve “uma explicação para a sociedade brasileira e para o mundo” a respeito da eleição. O Itamaraty cobrava a apresentação das atas eleitorais para chancelar o resultado. Caracas prometeu apresentar, mas voltou atrás. A oposição acusa o governo de ter fraudado o pleito.
A situação criou constrangimento para o Brasil, que tentava se colocar como um mediador para a pacificação dos atritos venezuelanos com o resto do mundo. Desde então, a relação entre os países ficou mais distante, assim como a de Lula e Maduro.