“New York Post” e “Sky News” consultaram especialistas em leitura labial para tentar descobrir o que os 2 conversaram durante funeral de Jimmy Carter
O funeral de Jimmy Carter reuniu todos os ex-presidentes vivos na Catedral Nacional de Washington, nos Estados Unidos, na 5ª feira (9.jan.2025). O que chamou a atenção da mídia internacional, porém, foi o presidente eleito Donald Trump (Partido Republicano) e o ex-presidente Barack Obama sentarem lado a lado.
Obama e Trump conversaram durante a cerimônia, que também contou com o atual presidente dos EUA, Joe Biden (Partido Democrata), além de Kamala Harris (vice-presidente dos EUA), Justin Trudeau (premiê do Canadá), o príncipe Edward (Duque de Edimburgo) e os ex-presidentes Bill Clinton e George W. Bush.
O conteúdo da conversa de Obama e Trump repercutiu entre veículos de mídia dos Estados Unidos. Alguns deles consultaram especialistas em leitura labial para decifrar o assunto discutido.
O New York Post, por exemplo, entendeu que Obama disse a Trump que eles precisavam encontrar um lugar mais quieto para falar sobre algo de “maneira privada”. O Inside Edition apontou o fato de eles terem “sorrido como amigos de longa data”.
A britânica Sky News, por sua vez, destacou que Trump disse a Obama que eles estavam ali para um “tough show”, algo como “uma tarefa difícil”, em referência a estarem em um funeral.
Veja o que disse cada veículo
- New York Post: o New York Post consultou o leitor labial forense Jeremy Freeman, que acredita que Obama e Trump estavam conversando sobre assuntos internacionais. Obama teria dito a Trump para encontrarem um lugar quieto para discutirem algo de “maneira mais privada, pois é um tema importante e temos de lidar com isso ainda hoje [9.jan.2025, dia do funeral]”. Em determinado momento, Trump teria falado para Obama que decidiu “deixar aquilo” e que “essas eram as condições”. O jornal acredita que Trump poderia estar se referindo ao acordo nuclear de 2015 com o Irã, estabelecido por Obama, ou do Acordo de Paris, de 2015, sobre temas climáticos. Obama ri e Trump completa, dizendo “e depois disso, eu vou”, antes da câmera focar em outras pessoas presentes. Em outro momento, Obama diz que “é uma tarefa” –Freeman não conseguiu interpretar o contexto– ao que Trump responde: “é, eu não sei dizer o que seria uma tarefa”.
- Inside Edition: o Inside Edition chamou atenção para o fato de Obama e Trump terem “sorrido como velhos amigos” durante a conversa. O jornal também consultou Freeman, que destacou os mesmos pontos relatados pelo New York Post, ressaltando a fala de Obama sobre encontrar um lugar mais quieto para discutir um tema de importância. Além disso, o Inside Edition apontou o encontro entre Trump e Mike Pence, ex-vice presidente dos EUA que se recusou a apoiar o republicano por conta da invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, como o encontro “mais desconfortável” do evento.
- Sky News: a Sky News não adicionou contexto, apenas relatando a interpretação das leituras labiais. O veículo destacou o fato de Trump ter dito a Obama que eles estavam em um “tough show”, que, em tradução livre, pode significar uma “tarefa difícil”, em referência ao funeral. A emissora britânica também trouxe uma fala de Obama, dizendo que há “caras pesados” no evento, destacando a presença de Biden e de todos os ex-presidentes vivos dos Estados Unidos. Em uma das falas destacadas pela Sky News, Obama questiona Trump, dizendo: “o que quer que mova essas pessoas, o que ele tem? Assim que se vão, apenas encontre uma ou duas coisas, veja quem é dono delas”, ao que Trump responde “se você as têm, use-as. Se eu conhecesse a pessoa que cuida disso, se você tem uma hipoteca…”. Em outro trecho da conversa salientado pela emissora britânica, Trump pergunta se Obama “daria o ok para começar” algo. Obama responde que sim e diz: “vamos ver o que acontece”.