Lira, Gilmar e autoridades destacam preocupação com posse de Maduro

Lira, Gilmar e autoridades destacam preocupação com posse de Maduro


Presidente da Câmara, Lira questiona legitimidade das eleições na Venezuela; Gilmar Mendes diz que as notícias “seguem preocupantes”

Autoridades dos Três Poderes demostraram preocupação com a posse do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda), nesta 6ª feira (10.jan.2025). O chavista assumiu para um 3º mandato. A eleição foi marcada por acusações de fraude.

Por meio de seu perfil no X (ex-Twitter), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu que a posse do venezuelano deve ser “repudiada com medidas econômicas e políticas”

Segundo Lira, “a democracia exige eleições limpas, sem fraudes e com respeito ao voto popular”, algo que, segundo ele, “não aconteceu na Venezuela”.

O decano do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, afirmou que as notícias que chegam da Venezuela “seguem preocupantes”. Cobrou que países da América do Sul tenham “compromisso com a restauração e a manutenção da democracia”.

“Não é democrático um governo que se vale do aparato militar para perseguir e prender opositores. Tampouco são livres eleições sem transparência e marcadas por violência e autoritarismo”, disse.

Os ministros Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e Renan Filho (Transportes) também criticaram Maduro. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não reconheceu a vitória do chavista.

Renan Filho disse estar “indignado” com a posse. Afirmou também repudiar o “truculento regime” do venezuelano, que chamou de “ditador incansável”.

Costa Filho afirmou que a posse de Maduro é um ataque aos princípios democráticos. “O povo venezuelano merece liberdade e um futuro de paz e prosperidade. Isso só é possível com o respeito ao Estado Democrático”, disse.

A vitória do chavista foi amplamente contestada pela comunidade internacional, que levantou acusações de fraude. A União Europeia e oito países recusaram-se a reconhecer a reeleição de Maduro.

Brasil, Colômbia e México solicitaram que o governo venezuelano divulgasse os boletins de urnas com os resultados. O pedido, inclusive, causou uma tensão diplomática entre Brasília e Caracas.

Maduro afirmou que representantes de 125 países foram à posse. Lula enviou a embaixadora do Brasil em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira, para representá-lo na cerimônia.





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