Ida ao Brasil era viagem dos sonhos, diz soldado israelense

Ida ao Brasil era viagem dos sonhos, diz soldado israelense


Yuval Vagdani foi alvo de um pedido de investigação da Justiça brasileira por supostos crimes de guerra; ele já voltou para Israel

O soldado israelense Yuval Vagdani, que teve um pedido de investigação por supostos crimes de guerra cometidos na Faixa de Gaza aprovado pela Justiça Federal, afirmou que a ida ao Brasil era a “viagem dos sonhos”. Ele chegou a Israel na 4ª feira (8.jan.2025) e revelou que planejou as férias por 4 anos.

Vagdani disse ao The Times of Israel que conseguiu sair do Brasil ao ser “contrabandeado” para a Argentina com a ajuda do Ministério do Exterior de Israel. De lá, pegou um voo para Miami, nos Estados Unidos e, em seguida, partiu para Israel.

Ele afirmou que a maneira com que teve de deixar o Brasil foi como “levar um tiro no coração” e disse que não voltará ao país novamente.

O ministro do Exterior de Israel, Gideon Sa’ar, foi quem ordenou que a Embaixada do país no Brasil recolhesse o soldado e sua família e que os acompanhassem “até a saída rápida e segura do país”, segundo o The Israel Times.

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reprodução/X/@newsisrael13

Yuval Vagdani, soldado israelense que é investigado pela Justiça brasileira, chegou a Israel na 4ª feira (8.jan)

Ao aterrissar em Israel, Vagdani disse que foi surpreendido com a notícia de que estava sendo investigado pela Justiça brasileira.

Eu acordei em um dia pela manhã, peguei meu celular e, de repente, havia 8 ligações. O ministro do Exterior, minha mãe, meus irmãos, cônsules. Eu sabia que havia algo de errado”, contou.

Segundo o portal Metrópoles, o pedido de investigação foi apresentado pela HRF (Fundação Hind Rajab), organização que defende os direitos dos palestinos. Vagdani foi acusado de participar de um ataque a um bairro residencial em Gaza, em novembro do ano passado.

Na ocasião, um quarteirão residencial foi demolido por explosivos. O local servia de abrigo para palestinos que se deslocaram internamente desde o início da guerra. No documento, a HRF anexou provas que foram coletadas por meio de uma investigação em dados de Open Source Intelligence –ou seja, em bancos e fontes com informações públicas. Alegam que as evidências comprovam o envolvimento do soldado israelense.

Vagdani também se manifestou sobre as acusações, dizendo que o relatório da HRF não continha provas que o incriminassem.

Eles escreveram que eu matei milhares de crianças e fizeram disso um documento de 500 páginas. Tudo o que eles tinham era uma foto minha com meu uniforme em Gaza”, declarou.

Conforme o The Times of Israel, Vagdani é um dos sobreviventes do ataque do Hamas a um festival de música em outubro de 2023, que deixou mais de 1.200 mortos.





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