O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, havia proposto renomear o Golfo do México para Golfo da América
A presidente do México, Claudia Sheinbaum (Morena, esquerda), afirmou na 4ª feira (8.jan.2025) que a América do Norte deveria se chamar “América Mexicana”. A declaração é resposta à proposta do presidente eleito dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), de renomear o Golfo do México como Golfo da América.
O nome sugerido pela presidente do México é o que aparece em um documento fundador de 1814, que precedeu a constituição do país. “Isso parece legal, não?”, disse ela em entrevista a jornalistas. Sheinbaum declarou que a bacia oceânica delimitada pela costa do golfo dos EUA, pelos Estados do leste do México e pela ilha de Cuba é conhecida como Golfo do México desde 1607.
“Por que não chamamos os Estados Unidos de América Mexicana? Parece bom, certo?”, disse. “A Constituição de Apatzingán também fazia referência à América Mexicana. Então, se vamos mudar de nome, vamos começar por aí”, afirmou.
Na última 3ª feira (7.jan), Trump afirmou que planejava renomear o Golfo do México. “É apropriado. E o México tem de parar de permitir que milhões de pessoas entrem no nosso país”, disse ele. O republicano declarou que o México era comandado por cartéis de drogas. Em resposta, Sheinbaum afirmou que, no país, “o povo manda”.
“No México, o povo governa porque a presidente foi eleita pelo povo do México e estamos enfrentando o problema da insegurança”, afirmou Sheinbaum.
Donald Trump tem feito promessas de deportação em massa e altas taxações para países aliados, como o México. “O humor pode ser uma boa tática. Projeta força, e é a isso que Trump responde. Foi provavelmente a escolha certa nesta questão”, disse Brian Winter, vice-presidente do Conselho das Américas, com sede em Nova York, de acordo com o The Guardian.
Sheinbaum declarou que, se o governo de Donald Trump cumprir com a promessa de impor tarifas de 25% sobre as importações mexicanas, a sua administração responderá com medidas semelhantes. A presidente disse que qualquer tipo de imposto “não era aceitável e causaria inflação e perda de empregos nos Estados Unidos e no México”.
