Zuckerberg aponta censura na América Latina ao anunciar mudanças em redes sociais

Zuckerberg aponta censura na América Latina ao anunciar mudanças em redes sociais


O novo modelo transfere a responsabilidade de identificar informações falsas ou enganosas para os próprios usuários

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, proprietária do Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads, revelou nesta terça-feira (7/1) que as redes sociais gerenciadas por sua empresa  passarão por alterações importantes na política de moderação de conteúdo, adotando um sistema semelhante ao do X, a rede social de Elon Musk. A principal mudança consiste no fim do programa de verificação de fatos feito por terceiros, que será substituído pelas “Notas da Comunidade” (Community Notes).

Zuckerberg defende essa alteração, afirmando que o programa de verificação de fatos, iniciado em 2016, gerou muitos erros e censurou conteúdo legítimo. O dono da gigante da tecnologia também apontou a existência de “censura” em alguns países e ainda afirmou que “países da América Latina têm tribunais secretos que podem ordenar que as empresas retirem as coisas silenciosamente”.

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Foto: David Zalubowski/ AP Images

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mark zuckerberg ceo da meta durante evento meta connect realizado em setembro de 2024

Mark Zuckerberg

Reprodução

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De acordo com a Meta, embora os verificadores de fatos sejam independentes, eles possuiriam vieses próprios, o que levou à remoção de conteúdos que deveriam ser classificados como discursos políticos legítimos. 

O novo modelo transfere a responsabilidade de identificar informações falsas ou enganosas para os próprios usuários. As “Notas da Comunidade” serão criadas e avaliadas pelos próprios usuários, com a exigência de concordância entre pessoas com pontos de vista diferentes, para minimizar possíveis vieses. Mark  garantiu que a Meta não será responsável por escrever ou selecionar as notas que serão exibidas.



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