Emilio Echevarría, ator mexicano de renome internacional, morreu no último dia 4 de janeiro, aos 80 anos. A notícia foi confirmada nesta terça-feira, 7, pela Mexicana de Artes e Ciências Cinematográficas.
A causa da morte, contudo, sege desconhecida. Mas o legado do artista permanece vivo através de suas contribuições marcantes ao cinema.
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Echevarría tornou-se amplamente conhecido principalmente por suas colaborações com grandes cineastas mexicanos, como Alejandro Iñárritu e Alfonso Cuarón. “Amores Brutos” (2000), filme de estreia de Iñárritu, foi um dos marcos de sua carreira. Nele, Emilio Echevarría deu vida ao enigmático El Chivo, um ex-guerrilheiro que se tornou assassino de aluguel. O filme recebeu aclamação internacional e abriu portas para novas parcerias.
Ele também integrou o elenco de “E Sua Mãe Também” (2001), dirigido por Alfonso Cuarón, filme que se tornou um sucesso no Brasil e no mundo. Mais tarde, em “Babel” (2006), outra obra de Iñárritu, atuou ao lado de estrelas como Brad Pitt e Cate Blanchett. O longa foi indicado ao Oscar de Melhor Filme, consolidando ainda mais sua trajetória no cinema mundial.
Além de filmes mexicanos, Echevarría participou de produções de grande orçamento, como “007 – Um Novo Dia para Morrer” (2002), onde interpretou Raoul, um agente britânico em Cuba, e “The Alamo” (2004), no papel do ex-presidente mexicano Antonio López de Santa Anna.
Emílio Echevarria teve início tardio no teatro
Nascido em 3 de julho de 1944, na Cidade do México, Emilio Echevarría teve um início de carreira pouco convencional. Formado em contabilidade pela Universidade Nacional Autônoma do México, trabalhou na rede Televisa antes de se aventurar no teatro, já com mais de 30 anos. A transição tardia para a atuação mostrou sua versatilidade e determinação.
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Echevarría também deixou sua marca na televisão, como o maestro Ignacio Rivera em “Mozart in the Jungle”. Na série, contracenou com Gael García Bernal, com quem havia trabalhado anteriormente em “Amores Brutos”, “E Sua Mãe Também” e “Babel”. Em homenagem ao colega, García Bernal postou uma mensagem emocionada em sua conta no Instagram:
“Aplausos que te acompanhem! Todo meu amor à sua família, a ele, e ao mistério belo que ele criou em sua vida.”
Indicado três vezes ao Prêmio Ariel, conhecido como o “Oscar mexicano”, Emilio Echevarría marcou sua geração com atuações intensas e personagens memoráveis. Ele deixa uma filha, a atriz Lourdes Echevarría, e um legado incomparável no cinema e no teatro.